O que seria feito com as vidas se não houvesse a morte?
O que seria do depois se não tivéssemos antes?
O que seria da sorte se não fosse o azar?
O que seria do som sem o silenciar?
O que será?
Do tudo, sem o nada?
Do amor, sem o ódio?
Do prazer, sem a dor?
Do calor sem o frio?
Da paz sem a guerra?
O que será da história da terra?
Temo pelo tédio da perfeição.
E por isso me conformo com os defeitos
de um mundo tirano.
O impecável do pecado
é que sem o tropeço
não haveria acerto.
Mas essa tese só funciona
Para os que estão certos
de permanecer no erro.
Minha utopia é achar que é irreal.
O meu delírio é achar que sou louco.
E a minha força é a de poucos que ousam dizer:
Não precisamos do mal para existir o bem.
Não precisamos da fome dos outros para nos saciar.
Não precisamos do retrocesso do outro para avançar.
Precisamos destruir o equilibrio
Para que todos possam estar do mesmo lado da balança.
Precisamos que todos os adultos voltem a sonhar como crianças.
E o que será do futuro não dependerá desse passado turvo.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Em uma noite, duas.
Estava chovendo. Encontramos abrigo e sem perigo, nos aconchegamos. Estava tão frio. Nos abraçamos procurando nos aquecer. Só eu e Você. Foi tão lindo o dia, vimos nascer a noite, mas nem queríamos pensar no nascer do dia. Só queríamos curtir aquela alegria, na noite vazia, respirando uma a a respiração da outra. Conversando sobre coisas loucas. Rindo dos momentos sórdidos.
Sóbrias, nos embriagávamos do humor da outra. E a cada vez o mundo girava mais depressa, levando nossa pressa, enquanto esbanjávamos nosso apreço. A cada gesto um carinho, a cada carinho um feitiço. Uma noite que nos deixara sobre um encanto. Parecia um conto, onde o seu canto me encantava e então eu suspirava. Um suspiro tão leve e doce... Puro suspiro. Puro momento.
Corríamos contra o vento. E eu segurava em você para não cair, mas quem te segurava era eu. E você se envergonhava ao falar, mas quem perdia a voz era eu. E cada gesto teu, gerava um gesto meu.
E quando abraçadas, seu cheiro já era o meu, e o meu já era o seu. Mesmo com toda a sutileza e suavidade que tudo acontecia, você me entorpecia com inocência. E, sem indecência, nos enlaçávamos entre afagos e meros gestos de esmero. Eu te botava no colo. Você olhava em meus olhos. E nos cuidando, nos descuidávamos. Em poucos afagos o coração palpitava. e o palpite era a amarra, amora, o amigo, a flora.
O amor.
Sóbrias, nos embriagávamos do humor da outra. E a cada vez o mundo girava mais depressa, levando nossa pressa, enquanto esbanjávamos nosso apreço. A cada gesto um carinho, a cada carinho um feitiço. Uma noite que nos deixara sobre um encanto. Parecia um conto, onde o seu canto me encantava e então eu suspirava. Um suspiro tão leve e doce... Puro suspiro. Puro momento.
Corríamos contra o vento. E eu segurava em você para não cair, mas quem te segurava era eu. E você se envergonhava ao falar, mas quem perdia a voz era eu. E cada gesto teu, gerava um gesto meu.
E quando abraçadas, seu cheiro já era o meu, e o meu já era o seu. Mesmo com toda a sutileza e suavidade que tudo acontecia, você me entorpecia com inocência. E, sem indecência, nos enlaçávamos entre afagos e meros gestos de esmero. Eu te botava no colo. Você olhava em meus olhos. E nos cuidando, nos descuidávamos. Em poucos afagos o coração palpitava. e o palpite era a amarra, amora, o amigo, a flora.
O amor.
Febril
Toda fagulha pode virar chama. E eu sei que por dentro, quando você comigo não está, meu peito inflama.
Quando de você me lembro eu já aqueço e, mesmo com frio, o suor vem de nervosismo.
A unha acaba eu nem percebo, só espero, roendo os dedos, que você me apareça.
E não adianta fumar um cigarro, que a chama só aumenta.
Com esse calor que você me deixa, nem mesmo o Diabo aguenta.
Eu só queria era sentir teu cheiro pro meu peito esfriar.
Mas desse jeito, com essa distancia, de saudade eu vou me incendiar.
Quase que explodo e solto foguete quando você diz que vem.
E é só te ver pra ter seu aconchego e te abraçar te esquentando também.
Queria ter toda essa calmaria que em seus braços sinto bem, por todos os dias dessa longa vida.
Todos os dias contigo, meu bem.
Quando de você me lembro eu já aqueço e, mesmo com frio, o suor vem de nervosismo.
A unha acaba eu nem percebo, só espero, roendo os dedos, que você me apareça.
E não adianta fumar um cigarro, que a chama só aumenta.
Com esse calor que você me deixa, nem mesmo o Diabo aguenta.
Eu só queria era sentir teu cheiro pro meu peito esfriar.
Mas desse jeito, com essa distancia, de saudade eu vou me incendiar.
Quase que explodo e solto foguete quando você diz que vem.
E é só te ver pra ter seu aconchego e te abraçar te esquentando também.
Queria ter toda essa calmaria que em seus braços sinto bem, por todos os dias dessa longa vida.
Todos os dias contigo, meu bem.
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