sábado, 4 de maio de 2013

Mad


Do dia pra noite, ou da noite pro dia, não me recordo bem a ordem, acordei louca, alucinada, completamente apaixonada. Do outro lado da rua estava o alvo de minha paixão. Não tinha motivo ou razão, simplesmente eu via aquela coisa magnânima, esplendorosa, parecia inalcançável apesar de estar tão perto.


Depois de muito admirar ao longe, tomei coragem. Eu ia atravessar aquela rua. Quando, ainda vidrada naquela grandeza, eu comecei a cruzar a estrada, um caminhão veio e me atropelou repentinamente!


Não me machuquei muito, um pedacinho ou outro do corpo magoado, mas estava tudo bem. Levantei e olhei para aquilo que outrora eu desejava mas havia desaparecido! Atravessei a rua em desesperando procurando pela minha paixão e ao olhar para chão a vi do tamanho de uma formiga, deformada e feia.


Assim como eu havia me encantado sem razão, com razão me desencantei. Balancei a cabeça rindo de mim mesma e atravessei pro meu antigo lado de novo.


A batida do carro deve ter colocado meus parafusos no lugar. A loucura acabou!