domingo, 25 de março de 2012

Desculpe a melancolia.

Depois dela eu nunca mais consegui acreditar de fato no amor. Por mais que eu sinta, o que sinto é que eu vou morrer no final. Ela nem foi a pessoa que mais amei, mas sem dúvida a que mais me decepcionou.
É difícil esse negócio de gostar de alguém e não querer ninguém, ou de se decepcionar. Parece que vai tirando a graça da vida...
Vai ver que é por isso que o corpo humano pára de se regenerar depois de um tempo. Vai ver que é a desilusão da ilusão de criança que faz a gente acabar envelhecendo e morrendo. Talvez, no fundo, a gente morra é de tristeza. A questão é que até a morte nos deixa amuados. Ela não é um alívio, é uma fuga. Fuga da vida que a gente não consegue ter.
Fuga daquilo que a gente mais queria, mas tem medo de conseguir ter. A gente acaba sofrendo pelo o que seria a solução do nosso sofrer. A morte é a fuga do viver. A vida não tem sentido sem o risco. Por isso nos matamos pouco a pouco sem erguer a cabeça e seguir em frente.
Acho que não adianta se esconder e fugir. Isso é só a procura pela morte da alma. Desacreditar em tudo não vai nos fazer mais felizes. Só vai nos machucar e nos fazer envelhecer mais cedo. Temos que tentar ser crianças de espírito. Pelo ao menos tentar manter as ilusões desiludidas. Se não, não sobrevivemos às desilusões da vida. É por isso que eu queria muito... Por isso que eu queria ter coragem. Mas é mais fácil ser covarde do que evitar o caos que vem mais tarde.

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