segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Zona Mental

 Fiquei horas dormindo. Ou fingindo pra mim mesma que estava dormindo. Mais de 30 horas sem comer nada, tudo o que me sustentava era uma xícara de chá de camomila e muitos cigarros. Já não conseguia dormir no quarto. A lembrança de você nua naquela cama me atormentava, e seus dedos sujos com o meu sangue, daquela vez que a minha menstruação adiantou, ainda estavam marcado na minha parede. Isso fora suas roupas que ficaram jogadas por lá, o violão que me fazia inconscientemente, ou conscientemente, começar a tocar a música que fiz pra você. Seu jeito tímido de olhar não sai da minha cabeça.
Enrolei o baseado lentamente, talvez assim meu pensamento viajasse para longe de você, ou pelo menos eu sentisse vontade de comer. Afinal de contas a larica sempre vem no final. Acabei perdendo o emprego, eu acho. Ainda não tive forças para ir lá acertar as contas. O dinheiro do aluguel esta sendo aos poucos consumido em bebidas, espero que me cobrem antes que ele acabe pois mês que vem não terei um centavo.
A faculdade? Não apareço lá há dias. Estou farta de tudo o que me lembra você. Minha vida respira você. Estou cansada da vida. Acha que foi simplesmente por te ver com aquele cara que me joguei em cima de oito carros diferentes em uma noite? O que me faz fazer isso não é o ciúme meu amor. É a perda de chão.
Você puxou o meu tapete e eu estou desnorteada. Quando se faz planos com alguém no seu horizonte essa pessoa se mantém. No meu norte ainda te enxergo, mas sei que é miragem. Sinto sede de você, mas a sua água é um veneno que eu insisto em beber.
Escrevi milhares de história e planejei o fim. Mas o ultimo capítulo continua em branco e não tem inspiração que me faça conseguir por as palavras em ordem.

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